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A poesia é liberta, não tem senhores; é sozinha, ao mesmo tempo multidão. Seu canal é o poeta, por onde passa, arrastando veias, fígado, mãos, olhos, coração.

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

CARLOS DE SOUZA E A LITERATURA POTIGUAR

Por Carlos de Souza

Sérgio Vilar me perguntou se existia literatura potiguar. Como não vi minha resposta na matéria que ele fez, (ele disse que não deu para entrar a retranca, tudo bem, o Diário de Natal anda mesmo meio esquisito) publico aqui com alguns acréscimos:



1. Existe uma literatura potiguar que se sobrepõe às demais. É o caso, por exemplo do livro As Pelejas de Ojuara, do Nei Leandro (foto) que tem visibilidade nacional, ninguém pode negar. A outra literatura visível é a prosa do eterno Câmara Cascudo que, de tão incensado, está afastando algumas pessoas, notadamente os jovens. Existe a literatura de Pablo Capistrano, que é um autor publicado em editora nacional,texto de comprovada qualidade.E rolando por baixo de tudo isso, como seixos levados pelo rio, existem várias outras literaturas, algumas de excelente qualidade, como a de François Silvestre, por exemplo, mas não são visíveis aos grande público nacional. Nesse remanso vão centenas de bons escritores, como Alex Nascimento, outro bom exemplo. O restante é marginália, completamente desconhecida até do vizinho, do
companheiro de mesa de bar, do colega do trabalho, etc. E tem os medíocres que publicam por pura vaidade.

2. Não sou crítico literário, não diga isso. Crítico literário é Antonio Cândido. O que faço é resenha de livros que, na maioria das vezes, aprecio na primeira leitura. Gosto de dar dicas de livros. Quase sempre sigo indicações das editoras, usando meu olho clínico. De vez em quando erro na mira, mas tenho acertado alguns. Gosto também de publicar entrevistas que, às vezes eu faço, ou as editoras mandam. Meu
objetivo maior é despertar o interesse pela leitura. Gostaria muito que meu trabalho influenciasse os jovens a lerem mais. Considero Nelson Patriota e Tácito Costa dois bons críticos literários. Acho que Jairo Lima, se quisesse, daria conta muito bem desse recado. Alguns professores universitários também são bons críticos, como Tarcisio Gurgel, Humberto Hermenegildo e Ilza Matias, por exemplo.

Fonte: http://www.substantivoplural.com.br/literatura-potiguar/#more-37257

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