PERFIL

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A poesia é liberta, não tem senhores; é sozinha, ao mesmo tempo multidão. Seu canal é o poeta, por onde passa, arrastando veias, fígado, mãos, olhos, coração.

LITERALMENTE

AQUI OS ARQUIVOS ESTÃO SOLTOS. SÃO IMPRESSÕES NÃO CATALOGADAS. SÃO EMBRIÕES DE LIVROS QUASE VIVOS.

O poeta se confessa. Ajoelha-se no altar e desperta de si.
Há um silêncio. Pacto oculto. Aceno intruso. Gozo lúdico. Raro momento.
Há fogo! Há incenso!/
O poeta está aqui e aqui está o tempo.
Zeus percorre em vento. Há um contento. Um intento. Almas nuas.
O poeta se descobre. Cobre de vida a sombra do desejo.
Entrega-se aos delírios, aos lírios, alucinações, vertentes.
Suas palavras caminham em noites perfeitas,
descobrem pessoas sujeitas, trajetos em círculo, rostos na entrega, na espera, na fuga.
São mulheres que se olham, goteiras que se formam, inundações de poemas.
Confissões quase secretas: uma fotografia;
imagem que devora.

* * * * * * *

A lágrima de felicidade
é sagrada
e explode em rio doce
como se a água fosse
a confirmação
da verdade.

O amor tem uma força tamanha
Que me ganha
Toda manhã.

* * * * * * *