PERFIL

Minha foto
A poesia é liberta, não tem senhores; é sozinha, ao mesmo tempo multidão. Seu canal é o poeta, por onde passa, arrastando veias, fígado, mãos, olhos, coração.

domingo, 20 de fevereiro de 2011

DO MEU ÚLTIMO PRIMEIRO AMOR



Os olhos farejando a janela
Entre o assoalho da sala
E o sofá vazio.

Lá embaixo, aos sinais de vento
Com rosas brancas na mão
O moço, irmão do outro
Agitava a bandeira negra
E me levava para o chão.

Sobre o meu altar de sonhos
Despenquei por falta de precaução.

Ali, entre o seu corpo e a ribanceira
Deixei-me entregar
Por conversas suavemente encantadoras
Que me fez totalmente como as outras
Que sempre recebem flores no altar.

Desisti!!!
Pensei ser a primeira a voar.

Nenhum comentário:

Postar um comentário