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A poesia é liberta, não tem senhores; é sozinha, ao mesmo tempo multidão. Seu canal é o poeta, por onde passa, arrastando veias, fígado, mãos, olhos, coração.

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

UM BECO QUE INCOMODA A CULTURA POTIGUAR

BECO DA LAMA, CARNATAL E A ATUAÇÃO SELETIVA DA PROMOTORIA DO MEIO AMBIENTE

Por Daniel Menezes



O Beco da lama, lugar de grande efervescência cultural da cidade, está com os seus dias contados. Alegando a existência de abaixo assinado por parte de moradores incomodados com a poluição sonora gerada pelos shows, a promotora Rossana Sudário acaba de recomendar a SEMURB o fim dos eventos no local.

A sumária decisão contra o Beco – justa se estiver infringindo a lei – reflete, entretanto, atuação “seletiva” por parte da promotoria do meio ambiente.

Os shows do Beco da Lama, conforme seus organizadores, terminam às 23:00hs. Se comparados as algazarras promovidas por alguns bares da Av Prudente de Morais, poderiam ser considerados festas para recém-nascidos. Moradores daquela avenida, porém, lutam há mais de dois anos contra a barulheira em vão (ver http://www.cartapotiguar.com.br/carta_novo/2012/02/11/casa-de-show-desafia-lei-do-silencio-em-natal/).

O carnatal, além disso, traz um transtorno infinitamente maior, mas coloca os seus blocos na rua ano a ano sem ser incomodado. Na prática, os chateados é que são convidados a se retirarem. Durante a micareta, muitos natalenses fogem da cidade para não terem que aguentar o barulho, transtorno e a bagunça.

O Fortal, micareta que ocorria no Ceará, foi fechado em decorrência dos transtornos ambientais. Enquanto isso, em Natal, o carnatal costuma socializar sujeira, balburdia e privatizar os lucros gerados pela festa.

Se há lei do silêncio, que ela funcione para todos.

Fonte: http://www.cartapotiguar.com.br/carta_novo/2012/02/13/beco-da-lama-carnatal-e-a-atuacao-seletiva-da-promotoria-do-meio-ambiente/

Do Blog: Um beco tão pequeno, abandonado, que na verdade está no centro histórico e comercial da cidade. Deveriam colocar iluminação, recuperar os botecos, colocar um piso decente, cuidar do esgoto... e não dar ouvido a uma senhora mal humorada que tá fazendo valer o seu quase único direito, enquanto que os artistas e o público em geral não podem usufruir de um bem público.
- Sugiro a Marcelo Veni e aos artistas (junto ao público) promoverem também um abaixo-assinado, com manifestações de apoio.

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