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A poesia é liberta, não tem senhores; é sozinha, ao mesmo tempo multidão. Seu canal é o poeta, por onde passa, arrastando veias, fígado, mãos, olhos, coração.

domingo, 23 de janeiro de 2011

DO MEU ÚLTIMO PRIMEIRO AMOR

Os olhos farejando a janela
Entre o assoalho da sala
E o sofá vazio.

Lá embaixo, aos sinais de vento
Com rosas brancas na mão
O lilás, irmão do negro
Agitava a bandeira preta
E me raptava para o breu.

Em cima do meu altar de sonhos
Despenquei por falta de precaução.

Ali, entre o seu corpo e a ribanceira
Deixei-me entregar
Por conversas suavemente encantadoras
Que me fez totalmente como as outras
Que sempre receberam flores no ar.

Desisti!!!
Pensei ser a primeira a voar.

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