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A poesia é liberta, não tem senhores; é sozinha, ao mesmo tempo multidão. Seu canal é o poeta, por onde passa, arrastando veias, fígado, mãos, olhos, coração.

sábado, 25 de junho de 2011

É SEMPRE TEMPO DE MÁRIO QUINTANA

Lendo thaisagalvão.com.br encontrei essa maravilha de poema.




QUANDO SE VÊ, JÁ SÃO SEIS HORAS...

A vida são uns deveres que trouxemos para fazer em casa.
Quando se vê, já são seis horas…
Quando se vê, já é sexta-feira…
Quando se vê, já é Natal…
Quando se vê, já terminou o ano…
Quando se vê, não sabemos mais por onde andam nossos amigos…
Quando se vê, perdemos o amor de nossa vida…
Quando se vê, passaram-se cinquenta anos.

Agora é tarde demais para ser reprovado.
Se me fosse dada, um dia, uma oportunidade, eu nem olhava o relógio.
Seguiria sempre em frente, e iria jogando pelo caminho a casca dourada e inútil das horas.
Seguraria todos os meus amigos, que já não sei onde estão, e diria; Vocês são extremamente importantes para mim.

Mário Quintana

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