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A poesia é liberta, não tem senhores; é sozinha, ao mesmo tempo multidão. Seu canal é o poeta, por onde passa, arrastando veias, fígado, mãos, olhos, coração.

domingo, 24 de abril de 2011

NÃO PERCA O CORAÇÃO NA ESTRADA

Não perca o coração na estrada
Pode passar um caminhão
E você após a mijada
Pode voltar revolta, triste e solitária.

Não perca o coração na estrada
Pode não haver placas
Pode não haver rotas
E você pode estar na madrugada.

Não perca o coração na estrada
Alguém pode pisá-lo
E com as dores do salto
Você pode ficar acabada.

Mulher, não vá para a estrada
Se você não é de nada
Se você nem ao menos respeita
O código das vira-latas.

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