A edição do O Jornal de Hoje desta terça-feira traz uma bomba no mundo político e evangélico.
Informa que “sob a acusação de praticar adultério e de provocar um aborto”, o deputado estadual Antônio Jácome (PMN), o mais votado nas últimas eleições, “perdeu o título de pastor de sua igreja e foi proibido de utilizar o púlpito, local usado para pregações religiosas”.
Neste momento, o deputado usa a tribuna da Assembléia Legislativa para se defender e se indignar. Pela primeira vez na história do parlamento todos os deputados estão atentos. O colega Vivaldo Costa pediu aparte para se solidarizar. O presidente da Casa, Ricardo Motta, endossou. Idem Fábio Dantas. Hermano Morais também.
Jácome, voz emocionada, disse que é casado há 26 anos e confessa que não tem “um casamento perfeito, mas sou casado com a mesma mulher e tenho três filhos que são minha riqueza”.
Lembrou que há 20 anos foi acordado com um telefonema em que um colega lhe informava que ele era manchete de jornal como aliciador de menores. “Fiquei desnorteado, sem saber o que fazer. Procurei a igreja e pedi que investigasse”. A conclusão foi de que se tratava de um homônimo. A igreja, então, publicou nota no jornal reconhecendo a sua inocência.
Desabafa: – “Agora passo outro momento extremamente doloroso. Me culparam de uma monstruosidade que nunca fiz, nem vou fazer”.
Continuou: – “Meus colegas são testemunhas de que nunca usei essa tribuna para espiritualizar, fazer proselitismo em nome de Deus…nem em púlpito de nenhuma igreja para fazer proselitismo político”.
Disse que sofre “chantagem”, “extorsão”. Só não revelou por que e de quem.
O deputado José Dias (PMDB) diz que a reação do colega leva a acreditar que ele é “um homem sensível”, “inocente”. Até o petista Fernando Mineiro faz coro pelo pemenista.
O pronunciamento e os apartes continuam.
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