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A poesia é liberta, não tem senhores; é sozinha, ao mesmo tempo multidão. Seu canal é o poeta, por onde passa, arrastando veias, fígado, mãos, olhos, coração.

quinta-feira, 3 de março de 2011

VÂNIA AURÉLIO LANÇA VERMELHO MEL



SÃ E SÓ

sã e só a vida me contempla
costurando mortos
no vazio da sala.
são inventos e
sombras
que passam por aqui.
restam um ou dois passos
para chegar à
janela.
arrisco um tropeço maior,
mas a vida me empurra, me esfrega,
me sorri e diz:
sãs e sós sobreviveremos juntas.

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