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A poesia é liberta, não tem senhores; é sozinha, ao mesmo tempo multidão. Seu canal é o poeta, por onde passa, arrastando veias, fígado, mãos, olhos, coração.

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

EM TEMPOS DE CHIP NO ANIMAL DE ESTIMAÇÃO

Precisa ter liberdade, correr, subir em árvores... usar o instinto animal. E comer do melhor que há, inclusive do nosso prato. Ter veterinário, tomar vacinas e ter os seus miados respeitados.



Adeus ao tempo que os animais de estimação eram, de certa maneira, “anônimos”. Hoje, até cachorros e gatos podem ter “RG”. Você achou estranho? E a tecnologia usada faz o tradicional documento de papel parecer item da idade da pedra. Um minúsculo chip implantado sob a pele do cachorro ou gato reúne informações sobre o animal e seu dono, sistema semelhante ao código de barras.



Com um aparelho específico para a leitura do chip, rapidamente, é possível saber as informações sobre o animal e a quem ele pertence. O serviço, que vem conquistando mercado, é oferecido em Bauru e representa mais tranquilidade para os donos em caso de perda dos bichanos. É também uma alternativa para quem vai viajar para o Exterior e tem que provar que o animal está vacinado.



Até os animais do Zoológico Municipal são cadastrados usando o sistema tecnológico, conta a veterinária do parque, Emília Santiago. “Nós usamos os chips de identificação há, pelo menos, sete anos. O chip ajuda a saber quem é quem em meio a tanto animal parecido”, explica a veterinária.

Ela conta que na Europa o chip é tão usado que até estabelecimentos comerciais o adotaram. “Existe um bar em Paris onde os clientes mais assíduos implantam o chip e passam o pulso num leitor para registrar o consumo”, diz Emília.

A veterinária Adriana Cristina Januário explica que o chip, que dura 25 anos e custa em média R $ 50,00 para ser implantado, é utilizado em larga escala por donos de animais de São Paulo. “Os veterinários da Capital já oferecem esse tipo de serviço há, pelos menos, cinco anos. Aqui no Interior, o processo caminha mais lentamente”, diz.



O sistema, ao contrário do que parece, é simples. Segundo Adriama, o chip, confeccionado com uma espécie de vidro que não é prejudicial ao organismo do animal, é menor do que um grão de arroz e não provoca dor na hora do implante. Com uma espécie de seringa, o veterinário injeta o pequeno “RG” sob a pele do bicho.

Para ela, o “RG” traz segurança aos proprietários de animais. “Quando se tem a identificação fica muito mais difícil o dono perder o animal. Ao contrário da coleira, o chip não é facilmente retirado”, comenta. De acordo com ela, já existem centros de controle de zoonoses no Brasil que possuem o aparelho para a leitura das informações contidas no chip. Asssim, quando um animal é apreendido na rua, o órgão tem condições de identificar seu dono.



Outra veterinária da cidade, Denise Melo Moretti, confirma que já conseguiu recuperar o gato de uma cliente graças ao chip. “Certa vez, uma cliente perdeu um gato persa lindo. Tempos depois veio uma outra cliente fazer o tratamento de um animal com as mesmas características daquele que estava desaparecido. Por brincadeira, eu passei o leitor e descobri que aquele era o gato perdido”, afirma.

Ela conta que a maioria dos clientes são criadores e pessoas que viajam ao Exterior e precisam levar os animais, principalmente em exposições.

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