PERFIL

Minha foto
A poesia é liberta, não tem senhores; é sozinha, ao mesmo tempo multidão. Seu canal é o poeta, por onde passa, arrastando veias, fígado, mãos, olhos, coração.

sábado, 13 de agosto de 2011

MARCELO VENI NO DIÁRIO DE NATAL

Jornal Diário de Natal - Cidades
Edição de domingo, 14 de agosto de 2011
Perfil Idealizador do Prêmio Hangar, o brasiliense Marcelo Veni fala da alegria de ser produtor
Alex Costa // alexcosta.rn@dabr.com.br



Filho de potiguares, Veni descobriu veia artística em Goiás, pouco antes de vir ao RN com os pais Foto: Fábio Cortez/DN/D.A Press


"Pessoas acham que produtores artísticos são artistas frustrados. Estão erradas. Produzir me fez ter o verdadeiro encontro com a arte". A afirmação proferida por Marcelo Veni referencia o estilo de vida escolhido pelo produtor cultural. Para ele, a profissão adotada por uma pessoa a transforma e a estimula a viver em função daquilo que sabe e aprendeu a fazer. Autor do prestigiado Prêmio Hangar, que visa homenagear os artistas potiguares por seu destaque em seus trabalhos, Marcelo esbanja carisma, com vontade de inovar e fazer a arte aparecer na sociedade.

Nascido em Brasília, no dia 16 de abril de 1974, o filho dos comerciantes potiguares Valéria e Joaquim passou uma infância simples num cenário que contrastava com sua história. "Meus pais foram para o Centro-Oeste com a chamada do JK. Eu nasci lá, passamos alguns anos na atual capital do Brasil e depois nos mudamos para Goiânia", conta Marcelo.

Foi na capital de Goiás que Veni teve o seu primeiro contato com a arte, através de peças escolares. "Eu gostava de fazer, criar, imaginar", realça. Aos 13 anos, os pais do Marcelo retornam para a capital potiguar e o adolescente descobre em Natal o berço da sua cultura. Na escola, Veni continuou participando de eventos teatrais e durante toda a sua formação, o jovem Marcelo foi buscando se especializar em arte. A sua entrada no Centro Social Urbano da Cidade da Esperança marcou a entrada de Veni na cultura potiguar.

"Eu estava folheando uma revista do Sesc e vi um anúncio falando a respeito de um curso de teatro com o já falecido diretor Chico Vila. Não deixei de lado, corri atrás do meu sonho, do meu desejo por ver a arte mais de perto e fui integrado a esse mundo cultural", afirma Veni. Lá, Marcelo conheceu outros grandes nomes como João Marcelino e Lula Belmont, e já teve a oportunidade de trabalhar junto com eles em algumas produções.

A porta para um mundo de cultura tinha sido aberta para o jovem Marcelo Veni, que não sabia como seria o seu futuro até então. Na escola, Marcelosempre foi muito comunicativo, desinibido. Era sempre o centro das atenções e foi por várias vezes o chefe de classe. A postura de liderança e de atitudes rápidas e consistentes sempre estiveram presentes no sangue do produtor musical. Marcelo foi militante da União Metropolitana de Estudantes (UMES). Lá, atuou como diretor cultural e experimentou coordenar ações artísticas com o público estudantil.

"Fui me encontrando, me descobrindo e revelando a minha capacidade de criar e fazer. Eu tenho a sensação de ter despertado algo que já existia dentro de mim: é um pedaço do meu coração que ainda tem muito espaço para guardar essa paixão pela cultura", diz. Marcelo trabalhou na 96FM no período de 1995 e 1997 onde apresentava a Gincana Cultural, grande sucesso na época, o que deu a oportunidade de ser ainda mais visto pelo mercado cultural potiguar.

Idealizado, coordenado e apresentado por Veni, a Gincana Cultural unia esportes e cultura e sempre repercutia muito na sociedade. "Era muito legal. Trabalhar na rádio me fez usar o meu lado jornalista, que eu já quis ser também. Comecei a faculdade de letras e de jornalismo mas não conclui porque a demanda com shows começou a crescer", relata.

Desde então, Marcelo nunca mais parou. Organizando projetos e arranjando formas de apresentar, o produtor cultural fluía em ideias e em oportunidades. Veni chegou a trabalhar também na assessoria do DCE da UFRN, coordenando a parte cultural alternativa e na UnP no programa Universidade Solidária, criando e apresentando pequenos teatros em cidades interioranas, falando sobre questões sociais como drogas, violência contra a mulher, dengue e camisinha.

"Também organizei muitos shows. A minha vida era isso. Se resumia em pensar em arte, correr atrás dela e encontrar novas dimensões. Os tributos a grandes artistas que eu realizei tinha muito a ver comigo: Cazuza, Raul Seixas... Para expressar quem eu sou, o que tenho, o que posso fazer", compartilha.

Em 1999, o produtor criou o Prêmio Hangar de Música. A cabeça de Veni se encheu de imagens, de produtos e de idéias. Colocando em prática e vendo que teve aceitação entre o público, Marcelo começou a se dedicar mais para a música e para eventos culturais que trabalhem essa área da arte.

Veja mais em http://www.diariodenatal.com.br/2011/08/14/cidades6_1.php

Nenhum comentário:

Postar um comentário