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A poesia é liberta, não tem senhores; é sozinha, ao mesmo tempo multidão. Seu canal é o poeta, por onde passa, arrastando veias, fígado, mãos, olhos, coração.

sábado, 23 de outubro de 2010

TEU SILÊNCIO - SUBSTATIVO PLURAL


Que cor tem teu silêncio palpável?
Onde as palavras buscam abrigo,
Quando o cérebro ordena à boca:
Cala! Descansa! Pára!?

Os pensamentos que rondam tua mente,
Nestas horas lacunosas de tua voz,
Buscam refúgio internamente,
Escapando-se, às vezes, num olhar, num gesto…

Mais eloqüente que qualquer poesia,
Mais cortante que um sabre afiado,
Teu silêncio expressa, no deserto das palavras,
O transbordar de idéias e pensamentos que tens.

Dele sou aprendiz, mesmo ainda sem saber decifrá-lo.
E tu, neste laconismo da alma,
Parece dizer: “Descansa, tens calma,
Pois quanto mais calo, mais falo”.

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