VAIDADE
Assistia à novela quando
o artista famoso exibiu a glória do ouro
no pescoço nos anéis e nas lindas roupas do Shopping
Me lembrei do buraco
no calcanhar da sua meia branca e suja de um mês
(Sem que soubesse vi e fingi não ver
os fiapos a necrosar o pobre acessório)
Considerei “É do poeta rasgar as vestes e abrir as veias” As suas
tinham tantas fissuras que a camisa de brim azul
balançava ao vento
Mas hoje vi de novo o buraco no calcanhar
da sua meia branca e suja de um mês e você viu que eu vi
e fez o buraco maior
Ana Barros
Obrigada pela divulgação. Seu blog é muito importante para a cultura de Natal. É disso que precisamos: arte, poesia, amizade e cumplicidade na forma. Beijos
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